16 de novembro de 2010

O QUE É UM PSICOPATA?

Psicopata, a rigor designa um indivíduo, clinicamente perverso que tem personalidade psicopática. Contudo essa última categoria nosológica em especial, dá o nome ao grupo conhecido como sociopatas. Estes por sua vez, na perspectiva psicanalítica são os portadores de neuroses de caráter ou perversões sexuais.
A psicopatia é um distúrbio mental grave caracterizado por um desvio de caráter, ausência de sentimentos genuínos, frieza, insensibilidade aos sentimentos alheios, manipulação, egocentrismo, falta de remorso e culpa para atos cruéis e inflexibilidade com castigos e punições. Apesar da psicopatia ser muito mais frequente nos indivíduos do sexo masculino, também atinge as mulheres, em variados níveis, embora com características diferenciadas e menos específicas que a psicopatia que atinge os homens.
Embora popularmente a psicopatia seja conhecida como tal, ou como "sociopatia", cientificamente, a doença é denominada como sinônimo do diagnóstico do transtorno de personalidade antissocial.
A psicopatia parece estar relacionada a algumas importantes disfunções cerebrais, sendo importante considerar que um só único fator não é totalmente esclarecedor para causar o distúrbio; parece haver uma junção de componentes. Embora alguns indivíduos com psicopatia mais branda não tenham tido um histórico traumático, o transtorno - principalmente nos casos mais graves, tais como sádicos e serial killers - parece estar associado à mistura de três principais fatores: disfunções cerebrais/biológicas ou traumas neurológicos, predisposição genética e traumas sociopsicológicos na infância (ex, abuso emocional, sexual, físico, negligência, violência, conflitos e separação dos pais etc.). Todo indivíduo antissocial possui, no mínimo, um desses componentes no histórico de sua vida, especialmente a influência genética, entretanto, nem toda pessoa que sofreu algum tipo de abuso ou perda na infância irá tornar-se uma psicopata sem ter uma certa influência genética ou distúrbio cerebral; assim como é inadimissível afirmar que todo psicopata já nasce com essas características. Portanto, a junção dos três fatores torna-se essencial; há de se considerar desde a genética, traumas psicológicos e disfunções no cérebro (especialmente no lobo frontal e sistema límbico).
O psicólogo português Armindo Freitas-Magalhães é o autor do projecto científico pioneiro "Psicopatia e Emoções em Portugal" (2010) com o objectivo de compreender os processos cerebrais envolvidos nas reacções neuropsicofisiológicas da expressão facial da emoção, conhecer a razão pela qual o padrão de emocionalidade negativa é recorrente na psicopatia, se há diferenças de género e idade e procurar os motivos orgânicos e ambientais envolvidos e estabelecer um padrão que permita o tratamento e a profilaxia do crime. Para verificar e analisar o cérebro dos psicopatas e a relação correspondente à expressão facial, será utilizada a imagiologia de ressonância magnética funcional (fMRI), a psicometria neurofuncional e as plataformas informáticas que estimulam os sistemas cerebrais, particularmente o límbico.
De maneira geral, nos homens, o transtorno tende a ser mais evidente antes dos 15 anos de idade, e nas mulheres pode passar despercebido por muito tempo, principalmente porque as mulheres psicopatas parecem ser mais discretas e menos impulsivas que os homens, e por se tratar de um transtorno de personalidade, o distúrbio tem eclosão evidente no final da adolescência ou começo da idade adulta, por volta dos 18 anos e geralmente acompanha por toda a vida.

Sintomas

Mesmo que não demonstrem socialmente, a característica principal da psicopatia é um forte traço narcisista enraizado na personalidade. São indivíduos megalomaníacos (se acham superior às outras pessoas), imprevisíveis, sem escrúpulos, excessivamente egoístas e egocêntricos. São charmosos e manipuladores e podem dizer isso com o maior orgulho. Essa característica narcisista é muito mais acentuada do que os próprios portadores do transtorno de personalidade narcisista. Embora estes últimos com frequência demonstrem, de primeira, a todos o seu narcisismo, os psicopatas, a princípio nunca demonstram; entretanto, suas atitudes são típicas de alguém cujo "amor-próprio" é elevado. Podem ser excessivamente opiniáticos, auto-suficientes ou vaidosos. Por isso, a principal característica de quem carrega o distúrbio consigo é ter os seus próprios interesses sempre em primeiro lugar, o tempo todo. Como são muito individualistas, essas pessoas precisam se sentir estimuladas todo o tempo, e não se importam com as pessoas que estão ao redor. Por isso são exagerados: comem demais, praticam sexo demais, dormem demais, folgam demais, não tem responsabilidade e quando trabalham, é só para conseguir dinheiro e poder.Mesmo assim, enjoam facilmente e tendem a abandonar o emprego por puro tédio e monotonia. São indivíduos incapazes de se integrar a qualquer grupo, devido ao seu egoísmo absoluto e a não aceitarem qualquer tipo de regras. Só o que eles querem é o que interessa. É só ele, o outro só serve para o uso dele. Aparentemente eles apresentam transtornos como impulsividade, teimosia e dificuldades em seguir regras, o que os torna rebeldes por natureza. É bom que se diga que a psicopatia não é uma doença mental, é um estado da mente de alguns indivíduos que nascem assim e assim morrerão. Não existe nenhum tratamento eficaz, nem psiquiátrico nem medicamentoso para tratar da psicopatia.
Embora a psicopatia seja popularmente associada a pessoas violentas, com aparência insana - ou seja, facilmente identificáveis -, tal associação é comumente errônea, porque diferente do que as pessoas acreditam; psicopatas, em sua maioria, não são assassinos. Assim como nem todos os assassinos são psicopatas. Pelo contrário, existe na população mundial cerca de 4% (3% homens; 1% mulheres) de pessoas com esse distúrbio, entretanto, apenas 1% dessas podem chegar a cometer assassinatos e delitos graves. Sendo assim, são muito difíceis de serem diagnosticados e reconhecidos, pois são pessoas muito dissimuladas, com comportamento duplo (por ex, socialmente são vistos como "anjos" comportados, quando na realidade escondem um comportamento contrário: são verdadeiros "demônios").
Quase em todos os casos os criminosos seriais têm trabalhos efetivos e se comportam neles de forma responsável, podem ser pontuais e cumpridores, obtendo dos chefes o reconhecimento e boas referências. Alguns trabalham por conta própria, outros têm um bom passado familiar e se dedicam a tarefas recreativas, hobbys, colecionam objetos artísticos, possuem refinados gostos culturais ou realizam ações de beneficência na comunidade, em atitude paradoxal com suas tendências delituosas.
Psicopatas normalmente ocultam suas intenções debaixo de uma aparência sedutora ou de amabilidade e cortesia. Mesmo aparentando um comportamento dócil e intenções de proteger certas pessoas, por trás disso, tal dissimulação esconde uma pessoa fria, calculista e falsa, caracterizando um indivíduo excessivamente manipulador. São cínicos e, como não conseguem amar, não conseguem manter um relacionamento leal e duradouro, sobretudo por sua incapacidade de tolerar rotina e monotonia. Eles dificilmente se apegam a alguém, detestam relacionamentos íntimos e, quando os têm, não duram por muito tempo, ou facilmente traem a fidelidade do parceiro, uma vez que não sentem empatia nem culpa.
A psicopatia é um transtorno mental sério que tem vários níveis de severidade. Estes níveis compreendem desde o grau leve, moderado e grave. A mulheres ditas psicopatas têm tendência a terem um grau leve e moderado, raramente são inclusas no grau grave. Este último é mais frequente nos homens.
Uma característica muito comum em indivíduos com o transtorno é a intolerância a frustrações - este talvez o único motivo que os façam chorar de verdade -, o que frequentemente os faz adotarem comportamentos e ações extremas para conseguirem o que querem. Como são pessoas com total ausência de emoções importantes, eles necessitam sempre de estímulos. Não admitem ser contrariados, nem receberem um não de algo que eles realmente querem.. Eles "precisam" conseguir o que querem. Isso faz com que eles geralmente não desistam enquanto não conseguem algum objetivo que exclua o tédio de suas vidas; assim adotam atitudes extremas e/ou infantis: não importa o meio, o que realmente importa é o fim ("Os fins justificam os meios"). É por isso que, muitas vezes, comportamentos de assassinos seriais são totalmente vistos como sem lógica aos olhos de pessoas "comuns". Essa relutância em aceitar frustrações e a ideia insuportável de não conseguir o que querem, frequentemente os faz autores de ações muito exageradas que uma pessoa normal comumente nem se quer pensaria nessa hipótese criminosa, tais como furtos, sequestros e, no extremo, assassinatos. É o caso do serial killer que, por exemplo, após ser rejeitado por uma mulher, simplesmente passa a persegui-la até conseguir torturá-la e matá-la. Ou, ainda, o exemplo do assassino serial que após término de um relacionamento, passa a sequestrar e assassinar todas as mulheres com as mesmas características físicas da sua ex-namorada. Na realidade, são pessoas excessivamente rancorosas e vingativas. Provavelmente odeiam a sociedade porque um dia foram odiados por ela - ou ao menos imaginaram ser. Esses comportamentos, aos olhos de outras pessoas, são notavelvemente sem lógica e motivo, entretanto, para o psicopata, nada o impede de passar por cima de outras pessoas para conseguirem o que querem. A frieza excessiva aliada ao sadismo, por vezes, os fazem cometerem tais crimes hediondos, muitas vezes por pitadas de rancor e vingança, o que os traz literalmente grande diversão. Eles nunca hesitarão em derrubar, trapaçear e até mesmo matar outras pessoas, para conseguirem algo com isso (muitas vezes por puro prazer). O que para um indivíduo saudável isso é totalmente inadimissível; para um psicopata, o que, de fato, importa é o seu objetivo, e não o meio que ele irá usar para conseguir isto.
Psicopatas são pessoas que vivem a oscilar entre um comportamento dominador e ao mesmo tempo um comportamento onde eles são as pobres vítimas. São excessivamente manipuladores e controladores. O lema de um psicopata é sempre "controlar para não ser controlado". Indivíduos assim, não se importam com os sentimentos alheios sendo que suas ações insensíveis geralmente são destinadas para o proveito próprio (como a riqueza material) ou até mesmo por pura diversão de ver os outros sofrerem.
Os psicopatas que aplicam golpes a fim de obterem algum ganho material com isto, geralmente são psicopatas de grau leve a moderado, considerados psicopatas comunitários. Enquanto isso, aqueles que cometem alguma crueldade sem nenhum motivo lógico ou por puro prazer de ver o sofrimento alheio, são tidos como os psicopatas de grau mais grave e, geralmente, são naturalmente sádicos - totalmente insensíveis, se divertem com o sofrimento alheio.
Esses indivíduos, dependendo do grau da psicopatia, deixam marcas por onde passam, desde marcas sentimentais a marcas financeiras. Eles são literalmente antissociais, parecem odiar tudo e todos, são hostis à sociedade, demonstrando uma conduta que lhe traz conflitos frequentes com o meio em que vive. Podem ser contrários às regras, rebeldes, agressivos e apresentam um comportamento em que suas ações são destinadas a irritar às pessoas em sua volta, por isso são frequentemente irritantes e pouco toleráveis. Psicopatas não são capazes de manterem um vínculo afetivo por muito tempo e muito menos se apegar emocionalmente a alguém. São pessoas egoístas, insensíveis, frias e que buscam apenas prazeres imediatos, embora possam fingir o contrário quando acham necessário. Eles podem sentir frustração, rancor, ódio, inveja e outra qualquer emoção negativa, entretanto, não têm sentimentos considerados positivos (ternura, carinho, consideração, altruísmo etc.), não ao menos com as outras pessoas. Não amam da mesma forma que as outras pessoas; na realidade, o que predomina no sociopata é um grande sentimento de posse - este frequentemente exibido.
Psicopatas são indivíduos inteligentes, facilmente se disfarçam de ingênuos, santos ou inocentes para conseguirem o que querem. Essas pessoas têm uma grande habilidade em adquirir simpatia e carisma das pessoas por quais se interessam e, por isso, induzem com rapidez os outros a fazerem coisas que na realidade "não" tinham intenção. São árduos manipuladores. São chantagistas, por vezes, mudam totalmente de um mau comportamento para uma boa conduta, a fim de conseguirem o que querem. Eles podem usar da mentira mas não admitem que esta mesma seja usada para com eles. O lema é "eu posso, você não". Além disso, uma característica típica que os diferencia de mentirosos que mentem para receber atenção ou admiração, é que a mentira do psicopata é dificilmente descoberta. São tão calculistas que conseguem mentir olhando nos olhos, sem remorso ou arrependimento, e suas mentiras raramente são descobertas porque são muito bem planejadas. São indivíduos muito preocupados consigo próprios, irresponsáveis e imediatistas. Tais características geralmente são muito mais atribuídas aos homens psicopatas do que as mulheres. Entretanto, esses detalhes também se assemelham na mulher psicopata.

Emoções superficiais e teatralidade

Sociopatas em geral têm emoções rasas, podendo demonstrar amizade e consideração facilmente para conseguirem conquistar determinadas pessoas, contudo, tais emoções são superficiais e breves porque não são verdadeiras.
O psicopata não tem sentimentos para com outras pessoas; entretanto, parece que desde criança - apesar desse vazio sentimental - eles conseguem "imitar" as emoções das outras pessoas (embora não as sinta de verdade) a fim de conseguirem um ideal. Por exemplo, eles podem não sentir altruísmo, entretanto, aprendem a imitar esse altruísmo, usando-o para algum benefício. Por isso, suas emoções podem ser passageiras, porque apenas copiam as emoções, mas não as têm. Por exemplo, um psicopata pode mostrar-se excessivamente triste porque magoou um colega, entretanto, rapidamente tal emoção parece subitamente desaparecer, como se nada tivesse acontecido. Assim são suas emoções, geralmente aparecem e desaparecem de forma súbita.
Sua vida inteira é vivida de forma teatral e dramática, onde o psicopata é sempre a "vítima" ou "coitadinho" e os outros são os vilões maldosos que merecem punição. Eles tentam sempre a convencer suas vítimas de que eles próprios estão tendo algum tipo de sofrimento, assim, acarretam na outra pessoa um sentimento de dó ou pena - uma das princpais armas do psicopata. São também irresponsáveis: tendem a fugir de suas responsabilidades e jogando a culpa para outras pessoas, por isso fazem de tudo para convencer as pessoas acreditarem de que toda a culpa do universo é do outro e não do psicopata. Eles têm imensas habilidades em inverter os papéis das situações, onde a outra pessoa é o vilão e eles as vítimas. Essa irresponsabilidade ainda é notada quando marcam um compromisso e, sem mais nem menos, cancelam em última hora, sem se importar com suas consequências para outras pessoas.

Frieza e ausência de sentimentos

Psicopatas são pessoas insensíveis, frias e com ausência de sentimentos genuínos para com outras pessoas. Eles parecem não sentir emoções calorosas entre os humanos, tais como o amor, compaixão e altruísmo. São vistos como indivíduos frios, que não demonstram amor, carinho e ternura, até mesmo com pessoas próximas, tais como familiares. Por mais que algumas pessoas acreditem inocentemente que um dia o psicopata poderá sentir algum tipo de sentimento altruísta, lamentavelmente ainda não se pode afirmar hipóteses do gênero. São pessoas sem nenhum tipo de sentimento bom para com os outros, apenas para si mesmo. Não amam, não sentem dó, não são humildes, nem generosos, muito menos carinhosos e afáveis. Esses individúos não sentem afeto algum por outros seres humanos; portanto, jamais sentirão do mesmo modo que pessoas "normais" sentem. Talvez nunca tenham sentido, contudo, aprenderam a imitá-las. Aprenderam a imitar a forma como duas pessoas se amam, se compreendem. Aprenderam a imitar o altruísmo, o carinho e a generosidade ao observarem e copiarem tais demonstrações vindas de outras pessoas, mas nunca advindas de si próprio. Por isso, demonstram superficialmente seus sentimentos e emoções, pois na realidade não passam cópias e imitações de sentimentos. Quando demonstram sentimentos bons, mais uma forma de manipular para conseguir algo com isso. Raramente dizem "eu te amo", ou então, mais frequentemente, quando dizem, demonstram o oposto. Dizem que amam mas suas ações e comportamentos demonstram o contrário. Na realidade, eles frequentemente tratam as pessoas como "coisas" ou "objetos". Exatamente por isso, o sociopata oscila entre períodos em que causa sofrimento às pessoas, e períodos em que demonstra afeto e consideração.
Psicopatas são pessoas, acima de tudo, frias e insensíveis. Frias emocionalmente de tal forma que nada as faz se comoverem por algum tipo de dor ou sofrimento alheio. Via de regra, não demonstram qualquer tipo de afeto, amor ou carinho por outra pessoa, inclusive seus próprios familiares. Só o demonstram para conseguir algo. Não vão se importar se feriram ou não alguém, muito menos vão se chocar por algum acontecimento doloroso a outrem. Pelo contrário. Podem ver, ouvir e até mesmo cometer inúmeras crueldades sem ter a capacidade de sentir algum tipo de emoção com isso; qualquer tipo de sofrimento para outra pessoa, para eles, é simplesmente "normal". É exatamente por esta razão que muitos psicopatas assassinos são popularmente descritos como "sangue frio", sem emoção. Compaixão, dó, pena e altruísmo são palavras totalmente ausentes na área emocional do psicopata. Do ponto de vista emocional, nada os choca, nada os faz chorar por dó, tristeza ou compaixão em ver uma outra pessoa sofrer, seja da pior forma possível. É o caso do indivíduo que perde um irmão e apenas diz calmamente "que pena" e, logo em seguida, volta a fazer o que estava a fazer antes. São indivíduos excessivamente insensíveis.
Nota-se nessas pessoas uma falta de sentimentos considerados receosos, tais como o medo, nojo e remorso. Na maioria das pessoas, essas emoções quando são confrontadas têm por definição impedir um aproximamento daquilo que causa o receio, ou se arrepender de alguma ação feita. No caso dos psicopatas, eles parecem sentir muito pouco, ou até mesmo serem ausentes de tais emoções. Consequentemente, o medo, pânico e remorso são muito pouco sentidos, ou inexistentes em psicopatas. Via de regra, o psicopata de grau leve tende a ainda ter indícios de sentir emoções receosas, entretanto, o psicopata considerado grave frequentemente é completamente ausente dessas emoções. O indivíduo antissocial também não teme porque não tem as emoções normais de um ser humano. Diante, por exemplo, questões ilegais em que estão envolvidos, eles assistem tais processos de forma indiferente, como se não estivessem envolvidos. Em geral, a impulsividade em busca de novos estímulos somada à ausência do medo e do remorso, os levam ao exibicionismo e a cometerem atitudes antissocias.
O psicopata é visivelmente um indivíduo com uma grande falta de empatia, por isso apresenta um estilo de interação sadomasoquista. Geralmente ele é o que induz ao sofrimento, e o outro é o que recebe o sofrimento, embora o contrário também pode acontecer, pois o psicopata da mesma forma que não se preocupa com os outros, também não se preocupa muito consigo mesmo. É importante notar que, sendo uma das principais características da psicopatia, apesar disso tudo, o psicopata raramente demonstra sentir remorso ou culpa pelo o que faz. São pessoas que não sentem culpa ou sentem muito pouco, o que não faz com que impeçam-nos a evitar atitudes que causem sofrimento. Após cometer sofrimento a outras pessoas, eles podem se mostrar indiferentes, poucos preocupados com o ocorrido, ou então até rirem ou se orgulharem disto. Em alguns casos, teatralizam o arrependimento e o sentimento de remorso, chorando e alegando culpa, entretanto, isso não passa de mero drama que subitamente desaparece após algum tempo.

Muito mais razão que emoção

Sociopatas, via de regra, são pessoas muito frias e racionais. Indivíduos assim, não conseguem experimentar - não, ao menos, da mesma forma que as pessoas "normais" - sentimentos como amor, carinho e afabilidade, por isso são distantes emocionalmente em suas relações. Apesar de serem muito impulsivos - tomam decisões ao sabor do momento; quando querem algo, não conseguem dizer "não" a si próprio; não pensam nas consequências das suas ações -, são pessoas muito levadas pela razão. Por terem um cérebro muito mais racional que emocional, eles não se comovem facilmente. Não se comovem com a dor e sentimento alheio, e tendem a planejar tudo de forma fria e calculista. Intuição, fé e amor espiritual são inexistentes nesses indivíduos, por isso, não raro são céticos, desapegados a coisas não-materias e, pelo contrário, podem dar mais muito valor ao tocável que o intocavél.
Como são pessoas que fazem o possível e o impossível para realizar seus desejos, nem que para isso tenha que mentir, manipular, furtar, matar etc., quando questionados sob tais comportamentos, eles tendem a falar racionalmente, não emocionalmente, uma vez que são indivíduos que não conseguem sentir emoções verdadeiras.
Atualmente, através de inúmeras pesquisas neuropsiquiátricas, o psicopata é visto - através de ressonância magnética, por exemplo - como um indivíduo muito mais racional que emocional. Isso porque os especialistas concluem que o cérebro desses indivíduos responde de forma diferente da maioria das pessoas consideradas "normais". Por exemplo, os psicopatas têm muito pouca pena ou culpa, cujas duas emoções são essencias para a cooperação social. Por outro lado, seus cérebros ativam mais intensamente os circuitos cerebrais relacionados ao desprezo e desejo de vingança. Essas alterações nas áreas das emoções fazem com que sejam irritadiços, agressivos, estabeleçam relações conturbadas, mintam e manipulem com facilidade, não sintam empatia, e muito menos se arrependam por tudo isso.
É comum, entre psicopatas, uma explicação racional a respeito do que é certo ou errado, entretanto, por mais que saibam isso, eles não conseguem sentir tais sentimentos de certo e errado. E é exatamente isto que faria com que muitos evitassem cometer crueldades; pois eles pensam e sabem do errado, mas não consegue senti-lo. É esse sentir que faria com que o meio emocional (ex.: pena) interviesse em suas maldades. Um assassino sádico até sabe que o que está a fazer é errado; entretanto, por ter um cérebro essencialmente racional, seu emocional é tão prejudicado que não consegue fazer com que suas emoções o impeça de cometer um assassinato cruel. É também por isso que possuem uma personalidade naturalmente dissimulada. Eles nunca vão demonstrar à sociedade, descaradamente, como ele é, de fato. Eles sabem que seu comportamento e sua personalidade é inadimissível e vista como macabra aos olhos de todos. Sabem perfeitamente que possuem ideias, atitudes e comportamentos errados. Por isso, mostram às pessoas uma outra personalidade: uma superficial que é mostrada a todos de forma "certa", mostrada de um jeito pelo qual todos aceitam, enquanto escondem sua verdadeira índole macabra, porque sabem que serão intolerados se exibirem sua real face. Sabem do errado, porém, não sentem o errado.

Encanto superficial e sedução

Nem todos os psicopatas são encantadores ou sedutores, mas uma boa parte dessas pessoas apesar de serem contra tudo e todos, à primeira vista podem demonstrar grande simpatia e encanto com os outros. É geralmente assim que eles conseguem se aproximar de quem os interessa, sem fazê-los desconfiar de que possuem outras intenções. Pessoas que utilizam do encanto ou sedução para conquistarem outras causas são denominadas manipuladoras. Indivíduos psicopatas são árduos manipuladores; facilmente conseguem influenciar as outras pessoas porque possuem ótima lábia, estupendo conhecimento a respeito daquilo que o outro gostará de ouvir ou ver. Interessante notar também que, apesar de serem persuadores, são pessoas céticas e desconfiadas que dificilmente são influenciadas. Eles são sempre os influenciadores mas raramente são os influenciados.
De maneira geral, o psicopata na maioria das vezes pode ser simpático, engraçado e interessante socialmente a fim de conseguir a simpatia das outras pessoas por quais se interessam.
Dependendo da vítima, o sociopata pode usar-se da sedução, especialmente se for uma mulher psicopata que, por exemplo, pode seduzir um homem mais facilmente e depois roubá-lo. Nesses casos, muitos psicopatas podem assemelhar-se aos os portadores do transtorno de personalidade histriônica, por exibirem uma aparência física atraente e/ou comportamento sedutor.
Indivíduos com personalidade antissocial não se importam em passar por cima de tudo e todos para alcançar seus objetivos. Eles manipulam facilmente as pessoas, mentem e enganam e não se importam com isso. Ao mesmo tempo, frequentemente exibem aparência nada sugestionáveis de psicopatia: podem ser simpáticos, educados e comportados, entretanto, diante a menor contrariedade ou ameaça, se tornam irritáveis. Esta característica muitas vezes é disfarçada socialmente, entretanto, é comumente percebida no ambiente intrafamiliar. Podem ser tidos como explosivos, agressivos ou estressados, entrando facilmente em discussões e brigas com a família. Sendo assim, não se importam em terem ferido emocionalmente (ou fisicamente) seus familiares, nem quesitam em pedir desculpas; agem como se nada tivesse acontecido. Quando isso ocorre e resolvem reconhecer seu comportamento agressivo, mais uma vez, tudo não passa de dissimulação. Eles são reis em inversão de papéis: seu teatro é sempre baseado na vítima e no vilão, em que, obviamente, a vítima é sempre ele. Vivem a fazer papel de vítima ou coitadinho, invertendo os papéis em que as outras pessoas são sempre as vilãs. Eles geralmente culpam ou acusam seus familiares por seu comportamento agressivo (por ex, em uma discussão sempre dizem que foi fulano que começou, nunca ele), nunca admitem um erro, querem ter sempre a razão de tudo e tentam fazer o possível para com que o outro se sinta o culpado. De uma forma ou de outra, esses indivíduos têm notáveis tendências em estimular sentimentos de dó, compaixão e pena nas outras pessoas. Como é perceptível, a maioria dos psicopatas não mata, mas é capaz, porém, de arrebentar facilmente com o emocional e até mesmo o financeiro das pessoas.
Em contraste, com outros indivíduos, são apaixonáveis e encantadores. Conquistam e seduzem facilmente as pessoas por quais obtêm interesse, tanto que raramente os outros desconfiam de estar se relacionando com um indivíduo antissocial, pois muitos psicopatas camuflam tal comportamento sob uma aparência "angelical". Isso faz com que frequentemente despertem nas outras pessoas, pensamentos como "É impossível fulano (a) ser ruim, com essa cara de anjinho (a)", ou ainda "Não consigo acreditar como fulano (a) foi capaz de cometer crueldades, ele (a) sempre foi tão comportado (a), um amor de pessoa!" por exemplo. Muitas vezes, quando os familiares relatam para conhecidos, os comportamentos anormais do psicopata, as outras pessoas têm uma imagem anteriormente tão boa e ingênua do indivíduo, que ficam perplexadas e não conseguem acreditar em tais relatos.

Irritabilidade e intolerância às frustrações

Apesar de socialmente demonstrarem serem "santos", muitas vezes o ambiente familiar é muito diferente dessa falsa demonstração para a sociedade. Não raro, os indivíduos portadores da psicopatia são irritantes, agressivos e problemáticos para a família. Eles têm baixa tolerância para frustrações, portanto, contrariedades mínimas já podem ser motivos para agressividade. Por terem um baixo limiar de descarga de agressão, eles facilmente perdem a calma por qualquer coisa, se estressam rapidamente por qualquer contrariedade ou confronto, agindo de forma pueril ou extrema quando não conseguem o que querem.
Essa intolerância às frustrações os faz pessoas rancorosas, vingativas e incapazes de aceitar obstáculos comuns do cotidiano. Frequentemente acumulam ódio por algo ou alguém, não suportam perderem, detestam não conseguir o que querem e podem cometer atitudes extremas por conta disso. As frustrações inadimíssiveis é que são as únicas fontes capazes de um indivíduo psicopata chorar de verdade. Fora as suas próprias frustrações, choram apenas por mera falsidade ou teatro.
Eles também podem ser tidos como aqueles que vivem a desafiar as autoridades da casa, tais como os pais, avós, etc. O ambiente familiar, dependendo de cada psicopata, pode ser marcado desde discussões leves até violência brutal para com os membros que moram na casa. Muitas vezes, o lar doméstico desses indivíduos é marcado também pelas outras diversas característica psicopáticas, tais como egoísmo, mentiras, manipulação etc. Da mesma forma com as outras pessoas, eles não se importam com os sentimentos dos seus familiares, são frios e não sentem culpa por nada que fazem. Eles tendem a se aproveitarem da situação familiar para tirarem benefícios para si próprios, como por exemplo a herança da família.
Em suma, são na realidade, indivíduos irritadiços, agressivos, impulsivos, sádicos, interesseiros, egoístas, frios e excessivamente manipuladores: enquanto maltratam as pessoas mais íntimas que se importam com ele, o indivíduo demonstra profundo ódio, rancor e indiferença aos mesmos; fora desse ambiente familiar conturbardo, se mostram totalmente o oposto: pessoas queridas, alegres e do bem.

Mentiras e comportamento fantasioso

Psicopatas usam a mentira como mais uma ferramenta para seus objetivos. Exatamente por isso, eles não usam a mentira da mesma forma que as outras pessoas usam e sim usam-na como ferramenta de trabalho. São tão racionais que planejam muito bem suas mentiras, a ponto de que conseguem mentir olhando nos olhos e demonstrando atitudes calmas e típicas de quem está falando a mais brilhante verdade, quando na realidade, não passam de grandes mentiras. Tais mentiras muitas vezes são caracterizadas por histórias muito bem detalhadas e minuciosas, a ponto que as outras pessoas nem se quer desconfiam de que tudo não passa de um teatro, por isso, raramente suas mentiras são descobertas. Entretanto, quando isto acontece, eles podem negar até a morte que tudo não passa de uma farsa, mesmo que tudo e todos provem o contrário. Também podem mostrar-se totalmente indiferentes à descoberta, ou admitirem mas inventam alguma desculpa encobrindo a outra mentira.
Eles também apresentam um comportamento fantasioso que frequentemente muda. Eles são tidos como camaleões sociais, porque estão em constante mudanças socialmente. Eles geralmente mudam de comportamento conforme pessoa, mais especificamente, conforme o que a pessoa quer. Então, é comum terem diversos comportamentos diferentes com diferentes pessoas. Isso também ocorre porque são indivíduos que levam uma vida dupla: socialmente são vistos como os ingênuos inocentes, quando na verdade escondem um lado negro e obscuro.
Em geral, todas as pessoas têm por si uma característica de camaleão social, afinal, ninguém consegue ser totalmente constante e igual com todos ao mesmo tempo. Todos são diferentes, por exemplo, com seus amigos e com seus familiares. Contudo, o psicopata apresenta uma característica muito forte: uma forma de "dissociação" de personalidade, isto é, como se tivessem uma fina camada de verniz. Isto ocorre porque o antissocial desensolve uma personalidade para convívio social, para conseguirem se infiltrarem e misturar-se com os outros seres. Ou seja, na realidade, eles demonstram para a sociedade uma personalidade fantasiosa, pois na realidade, escondem um temperamento totalmente oposto ao que demonstram socialmente. No caso do psicopata, esse disfarce social é totalmente excessivo e extremo da real personalidade - enquanto podem ser típicos exemplares socialmente, com família, filhos e trabalho normal, na realidade, são pessoas extremamente doentes.
Seu verniz é tão perfeito que, quando cometem algum tipo de crueldade, as pessoas na prisão confiam nele e em seu comportamento, sem entender como aquela pessoa tão educada e solícita, calma e comportada, possa ter cometido crimes tão numerosos e violentos.

Vazio existencial e tendência ao tédio

Psicopatas são pessoas excessivamente sensíveis ao tédio, monotonia e tudo o que for relativo à "constância". Necessitam constantemente de estímulos, pois são ausentes de emoções reais. Pessoas assim ficam entediadas muito facilmente, não suportam monotonia e rotina, e estão em busca constante por estímulos e excitações que lhe ofereçam perigo para se livrarem do tédio. Por isso, eles enjoam facilmente de tudo e todos. Então, seus relacionamentos, empregos, preferências e objetivos estão em constante mudança, porque enjoam muito fácil das coisas. Eles precisam sempre de novidades a fim de que não caiam na monotonia. Assim, seus relacionamentos não são duradouros, eles não param em um emprego fixo, seus objetivos perdem a graça muito fácil, seus gostos são instáveis etc. Psicopatas geralmente podem começar um determinado projeto de forma empolgada e excitante, contudo, não conseguem terminá-lo porque de repente parecem ter enjoado. Também pode acontecer que anseiam em excesso por algo, todavia, quando conseguem, não querem mais. Portanto, para eles, a empolgação para as coisas da vida têm uma duração muito curta. Logo, se são pessoas que não toleram tédio e rotina, consequentemente também são intoleráveis às regras e normas.

Manipulação e chantagem

Egoísmo e egocentrismo

Como psicopatas são seres incapazes de sentir sentimentos calorosos por outros seres humanos - tais como o amor, altruísmo, generosidade, humildade e pena - eles não conseguem amar outras pessoas; não ao menos da mesma forma que a maioria das pessoas consegue. Na realidade, nos psicopatas o que predomina é um grande sentimento de posse. Apesar do ciúme e possessivade andarem lado a lado, o ciúme geralmente é normal e - até certo ponto - necessário numa relação, mas o ciúme doentio é fruto de uma baixa auto estima e insegurança. Do outro lado, a possessividade - diferente do ciúme doentio visto como sinal de insegurança - é um sentimento egoísta e que geralmente não está relacionado a uma insegurança e sim a uma personalidade egoísta que não sabe diferenciar objeto de pessoa, tratando, assim, pessoas como meros objetos, pois enquanto o ciúme pode ser visto como um sentimento para com pessoas; a possessividade está muito mais relacionada a objetos, "ter apenas para si tal objeto" por puro egoísmo. É por isso que no psicopata o que predomina é a possessividade. Como eles são exímios egocêntricos e não sentem nada, eles não têm a insegurança típica de quem ama, mas sim um sentimento de posse, na qual a outra pessoa é vista como um objeto que é apenas dele e não deve ser dividido de forma alguma. Às vezes, quando eles demonstram afeto por alguém, ou é pura dissimulação ou um grande sentimento de possessividade por tal pessoa, o que faz frequentemente, a princípio, acreditarem que estão apaixonados, quando na verdade, não sentem nada mais que posse por tal pessoa. Além disso, tendem sempre a inventar desculpas de sua possessividade (por ex, "é porque eu te amo", "tenho medo de perdê-la (o)" ou ainda "é porque tenho ciúme de você"). O egoísmo desses indivíduos é tanto que por mais possessivos que sejam, não aceitam esta regra aplicada para o outro. Por exemplo, eles podem ser possessivos com os outros, mas os outros não podem ser com eles.
Como o antissocial é egoísta e ausente de sentimentos bons para com outros, eles frequentemente também exibem possessividade não somente num relacionamento íntimo, mas também em todos aspectos de sua vida. Eles tratam como meros objetos seus familiares, seu cônjuge, seus amigos, seus pertences. Não toleram serem ignorados e, se todos são tratados como objetos, portanto, a possessividade também estará presente. "Dividir" e "generosidade" são vocábulos inexistentes na personalidade dos psicopatas. Não suportam "dividir" nada nem ninguém. Seu parceiro sexual não pode ser de mais ninguém, a não ser dele; seus amigos não podem ser amigos de mais ninguém, a não ser dele; seus pertences não são de ninguém, só deles; o dinheiro é apenas dele e não será dividido com mais ninguém; a atenção e admiração não será de ninguém, apenas deles. De forma geral é dessa forma que a vida de um psicopata é baseada, porém, quando demonstram o contrário: generosidade, não passa de mera falsidade. Eles geralmente demonstram comportamento contrário ao egoísmo (por ex, o psicopata que resolve emprestar dinheiro para um familiar necessitado) para disfarçarem socialmente ou conseguirem algo com isto.
Essa possessividade geralmente gera no psicopata um outro sentimento: a inveja. Por isso, são frequentes invejosos embora possam não demonstrar isso claramente. Pelo contrário, são eles que se fazem de genuínos, que não invejam nada nem ninguém, ou que apenas sentem uma "inveja boa". Enquanto isso, desejam mal às outras pessoas que conquistaram algum determinado ideal pela qual o psicopata também anseia; e às escondidas artimanham planos para arruinar tais conquistas. Isso porque querem tudo apenas para si e se vêem como donos do universo; o mundo é visto, por eles, como ao redor de seu próprio umbigo (egocentrismo exacerbado).
Para psicopatas, eles são quem merecem uma conquista e não os outros; os outros são sempre os que recebem mais e eles não recebem nada (por ex, um psicopata ao ver que um colega de trabalho recebeu uma oferta especial no emprego, ele tende a pensar que é ele que merece essa proposta e não seu colega). Por isso, são os reis de estratégias que visam conseguir a qualquer custo o que querem, mesmo que isto acarrete em prejuízos para outras pessoas.

Incorregibilidade e ausência de remorso

Uma característica notavelmente exclusiva nos psicopatas é a capacidade de resistir a punições e castigos. Psicopata não aprende com os erros, pelo contrário, vai continuar cometendo os mesmos erros, ferindo ou não outras pessoas. Desde criança, por exemplo, esses indivíduos demonstram inflexibilidade e teimosia no comportamento após punições dos pais; eles não se importam com os castigos, continuam a ter o mesmo comportamento. Quando castigado, o psicopata tende a repensar modos de agir novamente o mesmo comportamento, ou ainda, ser possuído por um grande sentimento de vingança. A frase comumente ouvida "com a vida você vai aprender…" raramente funciona com um psicopata. Mesmo se isso ocorrer, com certeza ele irá mudar de comportamento apenas porque tal acarretou em prejuízos para si próprio, não levando em conta o prejuízo causado a outras pessoas.
Obviamente, são indivíduos notavelmente sem remorsos e sentimentos de culpa. Jamais sentem remorso ou culpa por algo que fizeram - apenas por atitudes não feitas. Os psicopatas com um grau mais leve podem até terem algum nível de tais emoções, entretanto, isso não é o suficiente para que pausem seus impulsos de suas ações. Remorso é emoção que, via de regra, vem do cérebro, assim como todos os sentimentos e pensamentos. Quando o cérebro está danificado ou com algum tipo de prejuízo nessas áreas emocionais, a capacidade de sentir emoções também fica prejudicada. Nos psicopatas, o remorso e compaixão - que são essenciais para a cooperação nas relações entre os seres humanos - estão quase ou totalmente ausentes, assim como os sentimentos de ternura, pena e sensibilidade.

FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicopata

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